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Foto do escritorViviane Vicentin

Setembro amarelo: série de reflexões de psicológos voluntários do I-Elos Invisíveis.

Atualizado: 15 de set.


Saúde mental depende de bem-estar físico e social

Texto elaborado por: Amanda Natal

Psicóloga CRP 08/35896

Publicado em 16/09/24


Dando sequência ao texto introdutório da psicóloga Kelly, publicado na última semana, que trouxe o conceito de saúde mental como estado de bem-estar, das vulnerabilidades sociais que minam essa saúde, do crescente número de pessoas em sofrimento mental, abordarei o conceito de saúde mental como resultado de uma estrutura social, em outras palavras, a saúde mental sendo coletiva!


É diante dessa estrutura social, organizada e administrada pelo setor político, que podemos adquirir e possibilitar recursos para promoção, prevenção e intervenção de cuidado, saúde, cultura e lazer, que são pilares centrais para manutenção e nutrição da saúde mental. Eu chamo esse estado social de bem viver, entendendo que não é algo individualista mas o resultado de uma qualidade de vida vindo dessa estrutura.


A saúde mental depende de um bem-estar físico e social, o que, na minha ótica, somente é possível de se alcançar com a articulação dos trabalhadores e da sociedade civil, em prol do alcance e exercicio de direitos e deveres diante a comunidade à qual pertence.


Essa cultura de bem viver, que sim pode garantir uma saúde mental mais estável a toda nossa nação sem qualquer tipo de discriminação, passa por uma conscientização de quem escolhemos para nos representar nos espaços de poder e decisão social (prefeitos, vereadores, deputados, presidente, etc.), uma educação política para votar em candidatos comprometidos com o povo, com as questões de saúde do seu povo, e não naqueles que se interessam em discursos de ódio, de divisão e guerra entre nós.


A guerra política vai totalmente contra a saúde mental, não há saúde mental vivendo numa zona de guerra!


Pensando nessa estrutura social e nessa saúde mental que é coletiva, não posso deixar de destacar a potência que existe quando estamos em coletivos!


Estar e pertencer a grupos, ainda mais grupos específicos de cuidados e de resistência (terapia em grupo, grupo de dança, movimentos sociais, encontro com amigos queridos, voluntários, etc.) são fatores de proteção para com nossa saúde mental, além de estimular e fortalecer nossas capacidades de enfrentamento diante os estresses de se viver.


Se saúde mental é coletiva, então temos que nos coletivizar, ainda mais para materializar as mudanças que queremos, as mudanças necessárias para sustentar nosso bem viver!


Pensar em saúde mental de forma individualizante, despolitizada e fragmentada é produzir adoecimento.

Texto elaborado por: Kelly Cristina de Paula

Psicóloga CRP 08/39647

Publicado em 09/09/24


Para falar sobre saúde mental, é fundamental primeiro entender o que ela significa e como podemos cuidar dela. A saúde mental refere-se ao estado de bem-estar em que o indivíduo consegue usar suas habilidades cognitivas e emocionais de maneira eficaz para lidar com as demandas cotidianas, manter relacionamentos saudáveis e contribuir para sua comunidade.


Diversos fatores podem influenciar a saúde mental, tanto positivos quanto negativos. Questões como desigualdade social, vulnerabilidade, privação e violência são fatores de risco que podem prejudicar o bem-estar psicológico e desencadear transtornos mentais.


Estar em uma situação de vulnerabilidade social pode gerar estresse crônico, o que está diretamente relacionado ao aumento de casos de ansiedade e depressão. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 280 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão, e cerca de 301 milhões sofrem de transtornos de ansiedade (World Health Organization, 2021). O impacto é ainda mais preocupante entre os jovens: a depressão é uma das principais causas de incapacidade entre adolescentes e adultos jovens.


Além disso, a OMS estima que cerca de 1 em cada 8 pessoas no mundo vive com algum transtorno mental, e essa proporção aumentou significativamente durante a pandemia de COVID-19. No entanto, apesar do aumento na prevalência, quase 75% das pessoas que vivem com transtornos mentais em países de baixa e média renda não recebem tratamento adequado, devido a barreiras como falta de recursos, profissionais especializados e o estigma social (World Health Organization, 2021).


É crucial, portanto, ampliar o acesso a cuidados de saúde mental e conscientizar sobre a importância de procurar ajuda, pois o tratamento precoce pode prevenir o agravamento de condições mentais e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.




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